Olhos semicerrados, o vento fustiga o telhado de zinco fazendo cair o pó que o tempo roeu ao contraplacado.
Uns pilares de madeira vão bailando ao mesmo ritmo que o vento.
Um grosso tronco, o que resta dele, serve de banco a um corpo que se vai cansando de o ser.
Um barraco sem casa, um tecto sem céu.
Os últimos dias da vida são o abandono da vida, para viver aquilo que o dia de amanhã do lado de lá trará, ao de cá.
Comentários