(a)Manhãs

Questiono-me
se és tu quem me quebra o silêncio,
se a sombra que se aninha a meus pés
possui laivos de infância
e sorrisos
que ocultam a distância.

É ao Sol,
ao sul,
que as cores do arco-íris rebolam na mão
e caem, cansadas, crianças,
no odor fresco da Primavera
que recordo,
com a saudade de não te saber aqui,
a meu lado,
saciando o silêncio
expelido de meu punho calado,
sem encontrar a cor que te vê crescer,
tropeçando e caindo nas palavras
que guardo nos olhos,
para mais tarde as dizer.

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