Desaguar

Os carreiros cauterizados pelo silêncio
são o leito firme
onde descansam, agora,
os pedidos do destino que esgrime
terra de dias, sem hora.

Abandonado o abandono
sobre uma encosta, esticada,
que se veste de verde primavera
para se despir,
à noitinha,
nos tons pintados de nada...

De onde partem os regatos
agora que se desaguou a foz?

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