Desisto de tentar escrever no papel e faço-o no chão, primeiro com o pé, depois, aninhado, com ambas as mãos. Está lá tudo, na terra, castanha, como só as raízes conhecem. Ponho-me de pé, tudo agora em perspectiva, sacudo as mãos nas calças, uma gota de suor escorre pela fronte. Com os braços estendidos contemplo a minha (des)arte e, de repente, é como se me abraçasse e adormecesse, com a certeza de jamais acordar.

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