Sa bore ar
É com prazer, um lento sorver de uma noite fresca, como os suores das frutas de verão, que saboreio o pouco brilho que as estrelas tombam pela calada da noite.
O computador liga-se, chama-me, eu cedo e desfaleço os dedos no teclado, são elas, as teclas, que empurram, os dedos, de tecla em tecla, até escrever o que muito bem lhe apetece, que eu, leigo, sei lá que escrevo. Apenas junto as letras que se encostam a mim no decorrer dos dias e, já não chegasse o meu peso, fazem pender os ombros para o chão e os passos arrastarem-se até chegar a um qualquer caderno ou horizonte e, aí, em paz, prostrar aos soluços ritmados os versos que se desprendem, como os suores dos corpos de inverno.
O computador liga-se, chama-me, eu cedo e desfaleço os dedos no teclado, são elas, as teclas, que empurram, os dedos, de tecla em tecla, até escrever o que muito bem lhe apetece, que eu, leigo, sei lá que escrevo. Apenas junto as letras que se encostam a mim no decorrer dos dias e, já não chegasse o meu peso, fazem pender os ombros para o chão e os passos arrastarem-se até chegar a um qualquer caderno ou horizonte e, aí, em paz, prostrar aos soluços ritmados os versos que se desprendem, como os suores dos corpos de inverno.
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