Vozes que não abracei
Nascem-me os mundos pelo olhar,
não suporto as vozes que não abracei,
porque se me calam os acordes
das letras com que à vida brindei?
Há um cruzeiro de pedra
quatro esquinas cinzeladas a granito
e um corpo abandonado pela solidão
que saúda os ventos,
uma fonte seca por onde vertem terras inférteis
e o cabelo desgrenhado das vinhas
por não haver ninguém que lhes penteie as podas.
É mato urdido num rosto encardido
sob a Lua, sob o céu,
um naco de vida de fugida
que é tu, que sou eu.
não suporto as vozes que não abracei,
porque se me calam os acordes
das letras com que à vida brindei?
Há um cruzeiro de pedra
quatro esquinas cinzeladas a granito
e um corpo abandonado pela solidão
que saúda os ventos,
uma fonte seca por onde vertem terras inférteis
e o cabelo desgrenhado das vinhas
por não haver ninguém que lhes penteie as podas.
É mato urdido num rosto encardido
sob a Lua, sob o céu,
um naco de vida de fugida
que é tu, que sou eu.
Comentários
É o pais desovoado de esperança!
Fica bem!