Carranca

O zap, enquanto a comida não fica pronta, resulta por vezes em surpresas agradáveis e muitas vezes com um resgate de emoções que por vontade alheia se vão enterrando na areia que transportamos para as nossas vidas. Paro na RTP Memória, ouço o genérico do Verão Azul e, imediatamente, esqueço-me de onde estou. Por momentos desço a rua (agora tem outro nome, comprido, antes era rua, aliás, todas as ruas eram a rua) com os amigos do costume, assobiando... De repente, sei-o, tenho em mim aquela vontade, ingénua talvez, de ter um barco e um grelhador e lá em cima, do grelhador e das brasas, umas sardinhas, uma música, a vista para o mar e para um punhado de amigos que vão chegando, a assobiar.

Pergunto-me em que fase da minha vida passarei a ser adulto, desses carrancudos.

Comentários

Dark angel disse…
Há coisas que nunca se esquecem! Por exemplo, eu lembro-me que cantarolei indefinidamente uma musiquinha que não fazia ideia de onde vinha! Foi muito tempo assim, a indagar de onde a conhecia! Há pouco tempo atrás, estava eu com o meu sobrinho mais pequenino, quando a ouvi!!! Sabe de onde era? Do Tom Sawyer... fantástico, pedi imediatamente a série inteira ao meu irmão e dei gargalhadas como dava quando via... Não precisamos crescer em todos os sentidos, porque senão a vida torna-se... "carrancuda!" :)

Aproveito para lhe dizer que, apesar de não saber se quer ou não, lhe dediquei um selo. Não passa disso mesmo, um selo, mas para mim é mais que isso, é uma demonstração.

Passe pelo meu blogue, se quiser aceitar :)

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