Perante a morte alheia
Vejo-te na morte o corpo que sustem a recordação do que os olhos já não vêm. Pairando ainda no vazio que te preenche, soltas um grito que ouve o eco de quem te chora... Se te soubessem nuvem, serias céu e horizonte, ar que se traga pelos ventos passados, na ânsia de um futuro que te chega precoce, a fluidez dos dias nas noites que sucumbiram.
Vejo-te na morte a alma, o sopro indivisível de cabelos que não ondulam, a cadência desmedida de um percurso inadiável, os ombros fortes de suster o mundo, as lágrimas que choram o cegar nublando o sorriso de te saber distante, longe, na esteira de uma estrela cadente.
Vejo-te na morte a alma, o sopro indivisível de cabelos que não ondulam, a cadência desmedida de um percurso inadiável, os ombros fortes de suster o mundo, as lágrimas que choram o cegar nublando o sorriso de te saber distante, longe, na esteira de uma estrela cadente.
Comentários