Nascem-te pétalas onde chorou o tempo, assim são as flores do meu jardim, intemporais à Primavera para adormecerem para sempre no estio.
Os teus olhos são da cor do meu olhar e preenchem os espaços que nunca explorei.
Sacia-me a fome a sede que o calor vai beber às raízes do meu escrever. 
Faço-o sem mim, rodeado pelas tuas pétalas ausculto os sentidos ainda antes de os sentires, para ouvir reverberar o eco que vejo no silêncio do teu cinzento.

Amanhecem-te os dias ocultos quando te ressoam os passos órfãos de caminhos. 
Quantas direcções em sentidos distintos? 
A impenetrável barreira da tua solidão contrasta com o ressurgimento do ocaso. 
Saberás por acaso quantas portas tem a noite?

Comentários

Lua disse…
Lindo! :-)
Xi grraaanndeee!
São disse…
Quantas portas tem a noite? não, não sei!
Mas sei que gostei de vir até aqui.
Bom fim de semana.
Eli disse…
Hoje começa a Primavera!

Conheço bem essa música e tem bastante significado para mim.

Obrigada pela atenção dos parabéns!

:))
Anónimo disse…
:) terminas este belo texto com uma pergunta para a qual eu muito gostaria de ser capaz de escrever uma resposta :) beijinhos, miguel. bom fim de semana.

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