Terias olhos de criança
e eu asas de cedro,
mudas
de escutar
espectros raiadas de um Sol,
esgotadas
e verdejantes
da neve que corre correndo,
enquanto outros vivem
morrendo.

Quadras de versos
e rimas orfãs de mim,
que sou poema
nocturno,
de tacteados sonhos acesos.

Acorda-te em mim,
que adormeço sem te ver,
palpebreando o ardor
e expondo a cru,
o gesto nu
de ser carícia,
a humilhar o azedo meu
chamando-lhe delícia.

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