Sei-te minha, noite,
no interregno da madrugada
onde uiva a neve,
no afável sorriso
gasto
pelos sonhos que esvoaçam
a quem nada pede.

O cansaço
e a ironia,
a ténue fachada urbanística
que são as dedilhadas
rugas
de um abraço.

Sigo trilhos e caminhos
por onde urdi
no futuro,
entre fugazes
e eternos que teci
pernoitam,
algures do lado de lá do (meu) muro.

(ps.: este sim, deu-me prazer escrever...)

Comentários

Ultimamente as noites têm mesmo sido minhas e a trabalhar :)
Mas, como já te disse.. gosta daquela altura em que não é noite nem é dia... altura em que tudo acontece... como sinais de um ciclo que está a nascer.
Titá disse…
Voltei ao meu espaço. Vale mais tarde do que nunca e a verdade, é que sentia a Vossa falta.
Espero pela tua visita lá na velha salinha da Tita...
Um beijo
José Lopes disse…
Quando há prazer na escrita o resultado também se reflecte na leitura.
Cumps

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