Trovoou-me o silêncio
no caos tumultuoso
de gentes irreais,
percorreu-me a calçada
e ondulou
nos semáforos que o destino teima
encarnar.

Nos espelhos que me miram
e olhos incendiados
de quem uma gota tenta sorver,
as feições esculpidas na memória
ainda antes de se terem por presente
eram já passado.

Na ponte que une as margens
do que sou aqui
(e agora)
correm as águas que não chovem,
mas nascem nuvens
no meu céu...

Comentários

Olá querido José Miguel, belíssimo o teu poema... SU B L I M E ... Grata pela visita ao meu cantinho,
Beijinhos de carinho,
Fernandinha
MoonLight disse…
As nuvens passam... e enquanto não passam, têm as formas que lhes esculpires...
Sonha! Que as pontes ligam os sonhos!
Lindo amigo! Lindo!
Bjs de Luz*
vieira calado disse…
Muito bem escrito, o seu poema.

Cumprimentos
Princesa Bé disse…
As nuvens são fofinhas... como algodão doce colorido...
Tininha disse…
Lindo como sempre

Beijokas
Kris
susana disse…
Espero que as nuvens que apareceram no teu céu, sejam brancas e leves e não aquelas escuras e pesadas que adivinham tormenta!
Prof.ª disse…
Deixa que as nuvens chorem,
deixa que a chuva apague o silêncio...
Olá querido Zé Miguel, uma boa noite de paz e amor... Beijinhos de carinho ( Estou a escrever de um novo blogue mas mantenho os outros),
Fernandinha
C Valente disse…
Belo poema
saudações amigas
Miguel
O fecho deste belo poema é esplendoroso.

"Na ponte que une as margens
do que sou aqui
(e agora)
correm as águas que não chovem,
mas nascem nuvens
no meu céu..."


Abraço
Gosto de chuva miúda... mas não gosto de nuvens...
Mas para haver chuva, ainda que miúda,elas têm de existir.

Gostei do teu poema.
Bjs
Isa Maria disse…
Na ponte que une as margens
do que sou aqui
(e agora)
correm as águas que não chovem,
mas nascem nuvens
no meu céu...

Como gosto deste teu pedaço de palavras, transcrevo-as.

jinhos meus
Silvia Madureira disse…
Um pequeno apontamento de memórias...do que se foi, do que se é...

Um breve reflexão sobre todos nós...

e vida sobre vida porque recordar é viver.

beijo

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