Limiares do meu olhar

Detesto chegar aqui, com sono, arrastado pelo desejo das letras que me habitam e nada escrever.
Há momentos que apenas poesia pode explicar, como pequenas gotas num pavimento,que dizem mais que um aguaceiro.
Hoje, sim, hoje trago comigo as limítrofes, as fronteiras e os abismos para tudo o que sou.
Sinto-me despido, nu, sem palavras que me confortem nem letras que me abracem, apenas nu enquanto outros eus vagueiam nos limiares do meu olhar, em vidas muitas que vivo nunca.
Hoje, sim, hoje sou apenas um trocadilho daquilo que sei ser.
Sou.

Comentários

José Lopes disse…
Uma noite bem dormida, uma volta para espairecer, deitar mãos a algo que nos dê prazer, ou simplesmente sair por aí sem rumo são sugestões para mudar a disposição. O fim de semana está aí, força!
Cumps

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