Gerundiando

Olha-me o mundo
mirando
o que olhos meus vislumbram,
não há espera
sem fundo,
apenas equinócios permanentes
e rugidos na noite
que me sorve
em gerúndio.

Clama-me a sina
em verdade
e consequência,
chama o grito num vazio pleno
de ermos de saudades,
mas responde apenas o silêncio
com o ofegante aperto no peito.

Olha-me cego,
o mundo,
no aconchego da minha mão
em noite minha
de vagabundo...

Comentários

Anónimo disse…
Ai vezes sabe bem uma noite de vagabundo! :)
*.*
A tua noite de vagabundo gerou um belo poema de sentimentos muito intensos.

Abraço
Menina Marota disse…
"...Olha-me cego,
o mundo,
no aconchego da minha mão
em noite minha
de vagabundo..."

;))

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