Tenho rios de xisto a correrem na face,
agrilhoei a vida
aos papeis gastos
onde me banho.

Na peugada dos meus próprios passos
percorro a poeira
que ramos virgens ostentam,
porque todo o poema é um traço incompleto
na reticência final
de um sorriso invisível,
tal como o infinito inalcançável
que trago atado
por um cordel...

Comentários

vieira calado disse…
"como o infinito inalcançável
que trago atado
por um cordel..."
É sempre assim o poeta. Sempre à procura de mais e mais além, até ao infinito.
Um abraço
Silvia Madureira disse…
Boas férias....uma vez reclamei da tua ausência de comentários no teu blog...

Agora assumo que fiz o mesmo e que de facto no meio de tantas coisas que a vida nos traz vamos perdendo determinados rastos.

Um poema que não esquece a época em que estamos e em que cada palavra nos leva à serenidade da mesma.

beijo e boas férias
Anónimo disse…
Simplesmente Lindo!!
:)

Bjokas com carinho
C Valente disse…
Muito bom
Saudações amigas
São disse…
O infinito atado por um cordel: adorei!!
Bom domingo.
Isa Maria disse…
"todo o poema é um traço incompleto" ou completa um momento do pensamento.

isamar
Olá querido Amigo Luís Miguel, adorei... Beijinhos de carinho,
Fernandinha
Zé Povinho disse…
A perfeição é inalcançável, mas por este caminho está cada vez mais próxima.
Abraço do Zé

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