Não há noite que não alcance as estrelas,
embalar-me num pulsar invisível
enquanto me abraço a elas.

Flutuo
enquanto percorro vários céus
sob o mesmo luar,
sou caneta e papel
encenando estes dedos meus,
que ninguém me diga:
a noite está a acabar.

Rebolo-me no próprio sorriso,
dou as mãos
às mãos que não conheço,
envolto nas circunferências
das tonalidades
em que jamais esmaeço.

A cor do que escrevo é fugaz,
tem traço de homem
e gesto irrequieto de rapaz.

Não há noite que não me faça ao infinito,
acordo esvanecendo no mundo,
hoje sou grito,
amanhã, talvez, vagabundo...

Comentários

Julieta disse…
Adorei... lindo!!

Beijinhos carinhosos
Anónimo disse…
"A cor do que escrevo é fugaz,
tem traço de homem
e gesto irrequieto de rapaz."
É a tua descrição ao máximo! :D
*.*
Zé Povinho disse…
Ao sabor da inspiração e segundo os caprichos da pena, aqui estou depois de ler com agrado o que aqui foi escrito.
Abraço do Zé
Anónimo disse…
UAU...Adorei, escrito num tom masculino mas que o meu feminino também imagino porque por vezes ( e mais na altura do verão, com os olhos postos nas estrelas, na lua, na frescura quente da noite), faço o mesmo. É tão bom fugir do mundo dos outros e entrar no nosso mundo...rir, sorrir, sentir...Enfim. Bom fim de semana, sereno, quente e envolvente. Deixo um beijo n´oteudoceolhar (já encomendei na fnac aguardo resposta por parte deles, caso não me digam nada procuro noutro lado) ***
Maggie disse…
Flutuo.. deslizo.. é assim mesmo q acontece com o decorrer dos meus dias.
Beijinho.
aya disse…
O ambiente continua sereno por aqui...e com muitas possibilidades de infinito! :o)

Beijo

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