Se por acaso (ou propositadamente) não voltar aqui hoje, sexta-feira, fica desde já os votos de bom fim-de-semana.

O suor que me escorre

brota das fotografias
nos sorrisos falsos,
a bestialidade da besta resume-se
à complexidade dos corpos
que a habitam
sem nunca os viverem.

Amortalho um corpo
resto de gente, ossos e carnes fecundas
para que descanse enfim eu
longe,
bem longe,
das pobres gentes maiúsculas
com vogais fúteis e imundas,

Dorme-me,
cansa-te do peso do irreal,
absolve-te do delito a que muitos
(quantos serão?)
chamam respirar,
tu não és aquele,
és o tal...

Comentários

Julieta disse…
Bom final de semana...

o poema é um pouco tristemas demasiado verdadeiro nos dias de hoje.

Beijinhos carinhosos
José Lopes disse…
Com um ar algo pessimista, mas que infelizmente predomina no nosso povo, e com muitas e variadas razões.
Bfds
Cumps
PoesiaMGD disse…
O tal...
belo poema!
bj
Um bom fim de semana.. com coragem ..
MS disse…
... poema triste! Verdadeiro!

Há algum tempo não te lia assim...

Semana linda!

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