Mosto

A música
dos sons que ainda não ouvi,
os sorrisos
nas cartas que ainda não li,
o eco das palavras
que ainda não proferi,
nas costas que prenunciam um adeus
que nunca vivi
moram as vitórias,
abraços e glórias
do que sou
por ti...

Nas nuvens que dissiparam
as agruras
e lágrimas
que me lavaram
moram corpos sem rosto
e lagares velhos
sem mosto.

Traço a meta no que sou
e nos caminhos
que escondi,
na poeira
e luz
mora o tépido sonho
onde de mim
nasci...

Comentários

... disse…
O teu lagar nunca irá ficar vazio, tal é a riqueza do nectar das tuas palavras. Fantástico, este texto.

Perdoa a ausência, Bom Sto António

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