Paredes com alma (II)
Apenas o que escondo é visível,
somente ramos,
nada mais.
Sei de memórias trechos
que a noite nunca avivou,
omito-me ao tempo e aos olhares
que não me procuram
e encontram,
sombras e fuligem.
Desenho-me na bruma
e na paisagem,
habito gentes sem casa
num lar que os ramos conhecem,
percorrem-me ainda rostos
de almas mortas
desconhecendo que vivem.
Sopro brisas
e planto mãos os olhares do entardecer,
cresço-te no sonho sem o saberes
e pernoito na tua imaginação,
porque ainda antes de vos nascer
já os ramos eram semente
e eu de pedra,
feito gente.
somente ramos,
nada mais.
Sei de memórias trechos
que a noite nunca avivou,
omito-me ao tempo e aos olhares
que não me procuram
e encontram,
sombras e fuligem.
Desenho-me na bruma
e na paisagem,
habito gentes sem casa
num lar que os ramos conhecem,
percorrem-me ainda rostos
de almas mortas
desconhecendo que vivem.
Sopro brisas
e planto mãos os olhares do entardecer,
cresço-te no sonho sem o saberes
e pernoito na tua imaginação,
porque ainda antes de vos nascer
já os ramos eram semente
e eu de pedra,
feito gente.
Comentários
*.*
"Apenas o que escondo é visível,
somente ramos,
nada mais.
Sei de memórias trechos
que a noite nunca avivou,
omito-me ao tempo e aos olhares
que não me procuram
e encontram,
sombras e fuligem."
fiz o destaque por estar muito bem conseguido. excelente.
abraço.
...
Serenos sorrisos