Gentes nas montanhas do meu olhar
Esqueceram-se as mãos
dos sonhos
sobre a caruma que os dias atiçam,
no leito das almas
correm memórias e fantasmas
vivos
de um futuro presente.
Não estava lá,
nem aqui,
nem onde repousam as medas
e cantam as cristas de pinheiros
moribundos,
percorria curvas e estradas
e pós
e terras calcadas por gentes
diferentes,
ausentes
dos olhares incautos,
como putos sem presenteados anéis,
quase descalços
da vida.
Sou do meu olhar,
refém de paisagens e sorrisos
e dedos que afagam trigos,
sem ver o cascalho rude a queimar
ou a sombra escorregadia de uma nuvem,
permanece cego o meu olhar
filho de ninguém...
dos sonhos
sobre a caruma que os dias atiçam,
no leito das almas
correm memórias e fantasmas
vivos
de um futuro presente.
Não estava lá,
nem aqui,
nem onde repousam as medas
e cantam as cristas de pinheiros
moribundos,
percorria curvas e estradas
e pós
e terras calcadas por gentes
diferentes,
ausentes
dos olhares incautos,
como putos sem presenteados anéis,
quase descalços
da vida.
Sou do meu olhar,
refém de paisagens e sorrisos
e dedos que afagam trigos,
sem ver o cascalho rude a queimar
ou a sombra escorregadia de uma nuvem,
permanece cego o meu olhar
filho de ninguém...
Comentários
Maravilhoso...
Só alguém com enorme talento
e uma sensibilidade poética encantadora, poderia escrever como você escreve.
Adorei:
"Sou do meu olhar,
refém de paisagens e sorrisos
e dedos que afagam trigos,
sem ver o cascalho rude a queimar
ou a sombra escorregadia de uma nuvem,
permanece cego o meu olhar
filho de ninguém..."
Um abraço respeitoso de sua fã
e amiga da blogosfera,
Juli Ribeiro.