Cada lugar sem tempo
Faço do nada religião,
adormeço-a
ao lado de cada sonho
que repousa na minha mão.
O calor das portas
e das palavras
com nomes,
o bronze
e dourado
das mãos, sempre das mãos,
que teceram cada lugar sem tempo,
nas cascatas do pudor
e espartano rigor,
há almas minhas
que ainda não reconheci.
Cansei o olhar
e mesmo a noite respira ofegante,
ata-me o pulso o pulsar
que a vida ainda acomete
a quem de si mesmo é amante.
No dia que nunca acorda,
na noite, escrita, por luzes sombrias,
eu estou no ocaso
e tu, sonho,
estás nos dias...
adormeço-a
ao lado de cada sonho
que repousa na minha mão.
O calor das portas
e das palavras
com nomes,
o bronze
e dourado
das mãos, sempre das mãos,
que teceram cada lugar sem tempo,
nas cascatas do pudor
e espartano rigor,
há almas minhas
que ainda não reconheci.
Cansei o olhar
e mesmo a noite respira ofegante,
ata-me o pulso o pulsar
que a vida ainda acomete
a quem de si mesmo é amante.
No dia que nunca acorda,
na noite, escrita, por luzes sombrias,
eu estou no ocaso
e tu, sonho,
estás nos dias...
Comentários
Os nossos desejos e anseios são sempre sonhos enquanto não se realizam - mãos à obra, que nada acontece por acaso e a sorte dá muito trabalho.
Abraço do Zé
deixo o meu link, blog novo de poesia, e tomo a liberdade de colocar la o teu
bom fds
Muito sonho por fazer... bastante melancolia...
Sensibilizada pelo olhar poisado em 'fragmentos'!
a quem de si mesmo é amante."
Lindo esse trecho e todo o poema.
Voltarei.
Sandra Fonseca