Quase lá
- Tens escrito no blog?
- Nops - respondo... Não sei bem porquê. Falta de tempo? Digamos que o tempo nunca falta quando sabemos que o temos. A verdade é que não sei bem porquê, é um torpor, um emudecimento vazio, como os dias de nevoeiro, em que mal vemos o chão que pisamos.
Passos os dias a escrever mentalmente, a passar por locais e situações e a deixar, no local, impregnado, alguns pensamentos que desejo recordar mais tarde. Ficam ali, a flutuar, algumas vezes perdidos entre pensamentos de outras pessoas, a murmurar entre eles "quando é que ele nos vem buscar?". E, mais tarde, passo lá e recolho-os, seja como pensamentos, seja como um sorriso de alguém que os apanhou antes de mim.
Gosto de ler os comentários, no blog ou pessoalmente, de pessoas que passam aqui, no blog e não deixo de pensar e de achar curioso as diferentes interpretações que cada um dá ao que escrevo, ao que lêem.
Não, não sou taciturno ou vejo apenas o lado mau (mas existe lado mau?) da realidade do quotidiano (existe outra realidade, a dos meus sonhos), simplesmente gosto de me questionar, numa perspectiva de igualmente ir conhecendo-me melhor, a cada passo, a cada nova realidade. E isso leva-me a pensar não apenas em mim (e no meu papel no meio da multidão), mas no nosso futuro enquanto humanidade, como grupo, como habitantes de um condomínio gigante chamado "Terra". Obviamente e seguindo frases (bem) feitas, tal como Ghandi ("Seja a mudança que quer ver no mundo"), tento melhorar um pouco, a cada dia, o que não significa que fique melhor ou pior humorado, apenas reflicto e vejo, sem medo, mas com receio, tudo o que sou, de bom e de mau, tentando melhorar, sem me esconder atrás de máscaras... Este é o meu movimento, cada qual tem o seu, não é melhor ou pior, é, como referi, o meu.
E tudo isto porquê? Porque acho que as pessoas estão cada vez mais a correrem atrás de nada (e será nada ter que pagar contas como educação, alimentação, habitação?), agressivas, austeras, consumistas e reféns de um sistema que lhes incute medo e insegurança, ao invés de tentar difundir uma imagem de confiança, de comunidade, de fraternidade... Nascemos diferentes, somos diferentes e morreremos diferentes, mas a nossa passagem cá, diferente para cada um de nós, pode ter um objectivo maior comum, dentro dos nossos objectivos pessoais diferentes, mas, como sempre, isto é apenas o meu ponto de vista... Sim, diferente :)
Ouvi há pouco, na rádio (creio que Antena 1) alguém dizer que a única energia renovável e inesgotável é... a alma humana. Vamos aproveitar este recurso? Sendo como somos e melhores do que julgamos ser?
O problema destas palavras, alma e outras derivadas, é o caminho que as pessoas seguem, a sua interpretação, o acordar neo-místico, o encontro com outras correntes e o seguimento incoerente de algo (o mesmo acontece na política) sem bom-senso e racionalidade (física e espiritual) e, depois, quando alguém atingiu uma posição de "destaque", raras são as que se mantêm firmes e serenas na sua convicção de nada saberem, pois a maioria tende, ainda, a colocar-se "acima de", em posição de guru...
No meio disto, fiquei sem saber onde queria chegar. Mais uma vez, fui escrevendo ao longo de duas horas, seja na pausa para café, no intervalo de ir ao WC ou simplesmente para respirar... Acho que tenho que tomar mais cafés, para poder escrever mais um pouco.
Sei que, por muito que as pessoas digam que isto está mau, creio que a quantidade de pessoas a pensar por elas próprias aumenta exponencialmente, o que indica, claramente, que estamos quase lá.
Bom fim-de-semana.
Fica aqui uma música que gosto muito, de Mark Knopfler, da banda sonora do filme Cal. Ah! E dia 4 de Abril lá estarei no Campo Pequeno.
- Nops - respondo... Não sei bem porquê. Falta de tempo? Digamos que o tempo nunca falta quando sabemos que o temos. A verdade é que não sei bem porquê, é um torpor, um emudecimento vazio, como os dias de nevoeiro, em que mal vemos o chão que pisamos.
Passos os dias a escrever mentalmente, a passar por locais e situações e a deixar, no local, impregnado, alguns pensamentos que desejo recordar mais tarde. Ficam ali, a flutuar, algumas vezes perdidos entre pensamentos de outras pessoas, a murmurar entre eles "quando é que ele nos vem buscar?". E, mais tarde, passo lá e recolho-os, seja como pensamentos, seja como um sorriso de alguém que os apanhou antes de mim.
Gosto de ler os comentários, no blog ou pessoalmente, de pessoas que passam aqui, no blog e não deixo de pensar e de achar curioso as diferentes interpretações que cada um dá ao que escrevo, ao que lêem.
Não, não sou taciturno ou vejo apenas o lado mau (mas existe lado mau?) da realidade do quotidiano (existe outra realidade, a dos meus sonhos), simplesmente gosto de me questionar, numa perspectiva de igualmente ir conhecendo-me melhor, a cada passo, a cada nova realidade. E isso leva-me a pensar não apenas em mim (e no meu papel no meio da multidão), mas no nosso futuro enquanto humanidade, como grupo, como habitantes de um condomínio gigante chamado "Terra". Obviamente e seguindo frases (bem) feitas, tal como Ghandi ("Seja a mudança que quer ver no mundo"), tento melhorar um pouco, a cada dia, o que não significa que fique melhor ou pior humorado, apenas reflicto e vejo, sem medo, mas com receio, tudo o que sou, de bom e de mau, tentando melhorar, sem me esconder atrás de máscaras... Este é o meu movimento, cada qual tem o seu, não é melhor ou pior, é, como referi, o meu.
E tudo isto porquê? Porque acho que as pessoas estão cada vez mais a correrem atrás de nada (e será nada ter que pagar contas como educação, alimentação, habitação?), agressivas, austeras, consumistas e reféns de um sistema que lhes incute medo e insegurança, ao invés de tentar difundir uma imagem de confiança, de comunidade, de fraternidade... Nascemos diferentes, somos diferentes e morreremos diferentes, mas a nossa passagem cá, diferente para cada um de nós, pode ter um objectivo maior comum, dentro dos nossos objectivos pessoais diferentes, mas, como sempre, isto é apenas o meu ponto de vista... Sim, diferente :)
Ouvi há pouco, na rádio (creio que Antena 1) alguém dizer que a única energia renovável e inesgotável é... a alma humana. Vamos aproveitar este recurso? Sendo como somos e melhores do que julgamos ser?
O problema destas palavras, alma e outras derivadas, é o caminho que as pessoas seguem, a sua interpretação, o acordar neo-místico, o encontro com outras correntes e o seguimento incoerente de algo (o mesmo acontece na política) sem bom-senso e racionalidade (física e espiritual) e, depois, quando alguém atingiu uma posição de "destaque", raras são as que se mantêm firmes e serenas na sua convicção de nada saberem, pois a maioria tende, ainda, a colocar-se "acima de", em posição de guru...
No meio disto, fiquei sem saber onde queria chegar. Mais uma vez, fui escrevendo ao longo de duas horas, seja na pausa para café, no intervalo de ir ao WC ou simplesmente para respirar... Acho que tenho que tomar mais cafés, para poder escrever mais um pouco.
Sei que, por muito que as pessoas digam que isto está mau, creio que a quantidade de pessoas a pensar por elas próprias aumenta exponencialmente, o que indica, claramente, que estamos quase lá.
Bom fim-de-semana.
Fica aqui uma música que gosto muito, de Mark Knopfler, da banda sonora do filme Cal. Ah! E dia 4 de Abril lá estarei no Campo Pequeno.
Comentários
:)
beijinhos e bom wk
Ps: A música está boaaaaaaaaaaaaaaa por estes lados
Bom fim-de-semana! *.*
Saudações amigas
Abraço e bom fim-de-semana.