Primaverno
É sintoma que os tempos mudam, estas noites de Invernos e manhãs de Primavera, fazem-nos pensar que não somos nós que estamos a mudar, a Natureza adapta-se aos nossos próprios ciclos... Creio mesmo que esta espécie de auto-destruição ambiental é sintoma da Natureza a adaptar-se à nossa auto-destruição enquanto espécie (não, não acordei de mal com o mundo).
Mas eu gosto deste tempo... O dia quente passa-me um pouco ao lado, porque passo os meus dias num escritório sem janela, saindo para serviços ocasionais na "rua" ou para almoçar, mas a manhã e a noite são perfeitas para mim.
A manhã acorda fria, aquecendo facilmente, eu percorro os quilómetros que me separam em direcção contrária ao Sol, o que faz que este reflicta nos espelhos e me aqueçam a cara. Devo ser a única pessoa que se ri disto, porque no trânsito não vejo mais ninguém a sorrir.
As crianças na paragem de autocarro espremem-se por uma nesga de Sol e riem-se... Um ou outro cão corre pela estrada atrás de um osso no caixote do lixo e uma mão trémula segura uma chávena de café com leite à janela. O dia parece espreguiçar-se, lentamente, saindo de uma cama confortável para uma manhã fria depois de uma noite com aqueles sonhos que nos fazem acordar a sorrir.
A noite cai com a placidez das noites de Inverno, fria, gélida, onde brinco com o bafejar... Está tanto frio que as próprias estrelas parecem mais próximas da terra, tremendo. E eu, com pouca roupa para o frio, rio-me ao dar por mim a tremer os dentes enquanto percorro algumas ruas da minha aldeia (recém-promovida a vila), com todo o tempo do mundo para colher alguns sonhos que pendem no vazio...
Mas eu gosto deste tempo... O dia quente passa-me um pouco ao lado, porque passo os meus dias num escritório sem janela, saindo para serviços ocasionais na "rua" ou para almoçar, mas a manhã e a noite são perfeitas para mim.
A manhã acorda fria, aquecendo facilmente, eu percorro os quilómetros que me separam em direcção contrária ao Sol, o que faz que este reflicta nos espelhos e me aqueçam a cara. Devo ser a única pessoa que se ri disto, porque no trânsito não vejo mais ninguém a sorrir.
As crianças na paragem de autocarro espremem-se por uma nesga de Sol e riem-se... Um ou outro cão corre pela estrada atrás de um osso no caixote do lixo e uma mão trémula segura uma chávena de café com leite à janela. O dia parece espreguiçar-se, lentamente, saindo de uma cama confortável para uma manhã fria depois de uma noite com aqueles sonhos que nos fazem acordar a sorrir.
A noite cai com a placidez das noites de Inverno, fria, gélida, onde brinco com o bafejar... Está tanto frio que as próprias estrelas parecem mais próximas da terra, tremendo. E eu, com pouca roupa para o frio, rio-me ao dar por mim a tremer os dentes enquanto percorro algumas ruas da minha aldeia (recém-promovida a vila), com todo o tempo do mundo para colher alguns sonhos que pendem no vazio...
Comentários
Sou como tu, gosto do tempo assim, manhãs luminosas, tardes prolongadas! O frio, o inverno, destroem-me!
Sensibilizada pelo teu olhar em 'fragmentos'!