1º Feeback do lançamento
Olá.
São 1:43 da noite, mas não podia deixar mais um dia sem vir aqui entornar as gotas do bálsamo que foi a noite do lançamento do meu livro.
Tento encontrar um ponto de partida, para falar sobre o lançamento, mas as memórias estão tão presentes e vívidas, que é difícil pegar em apenas uma.
Creio que a melhor forma será ir escrevendo sobre a programação do mesmo e, eventualmente, se as minhas mãos assim o quiserem, irei dando vida a algumas palavras que me ficaram gravadas.
Ao invés do previsto, o lançamento ocorreu no auditório da Casa da Cultura e não na sala multiusos. A decisão, por iniciativa da minha adorada irmã, foi a mais sensata, pois o palco do auditório era mais adequado ao que desejava fazer, nomeadamente a actuação do ballet e a noite iria revelar que foram muitas mais pessoas do que aquelas que eu esperaria.
A noite começou com a apresentação de uma surpresa por parte da minha irmã (em conjunto com a Ana), um filme com música de Mark Knopfler e com imagens e frases referentes ao meu percurso enquanto "pessoa"... Foi comovente... Estou a preparar o vídeo para o youtube e, assim, dar a conhecer a surpresa, a primeira fatia do grande bolo que foi a noite de 24 de Novembro.
Em seguida foram lidos alguns poemas por Fernando Soares... O Fernando Soares é e será, se assim for possível, a única voz dos meus poemas. Há anos que o ouço e sempre pensei (e afirmei à Ana) que sentia que escrevia para a voz dele. Foi com curiosidade que ele me disse que os poemas estavam numa forma que ele gosta de ler. De facto, não há acasos...
Depois foi a vez do André, meu amigo de infância, apresentar o autor (eu mesmo, para quem não sabe), com palavras que me comoveram, sentidas e que eu muito agradeço. É bom saber a forma com que os outros nos vêm... É bom ser teu amigo, André.
Em seguida foi a vez do Fernando Soares declamar mais poemas, da forma como apenas ele sabe e consegue.
Foi a vez, de seguida, do Norberto, bom amigo, apresentar o livro... Ao longo de cerca de 30 minutos, cativou todos os presentes e, acima de tudo, surpreendeu-me pelo trabalho de pesquisa que fez, pela forma como encarou o meu convite e pela surpresa no final... Sendo ele, tal como eu, adepto do documentário "Ainda há Pastores?", tomou a iniciativa de contactar o Jorge Pelicano, realizador do documentário, que enviou uma mensagem para mim, lida no final da intervenção do documentário. Confesso que as lágrimas me vieram aos olhos... A mensagem que o Jorge Pelicano foi a seguinte:
"Caro Miguel.
Isto é uma espécie de surpresa a meias com o amigo Norberto.
Queria felicitar-te neste dia especial que estás a passar. Editar um livro, um CD ou um filme é como um filho que nasce. São momentos inesquecíveis aqueles que se vivem neste dias. É o culminar de todo um trabalho, de um ultrapassar de barreiras, de dúvidas, mas também de muitas certezas.Sei o que isso é. "Ainda há pastores?", o meu primeiro filme é a prova disso mesmo. No final esboçamos um leve sorriso e comunicamos com nós próprios e dizemos - "valeu a pena".
É isso que desejo para contigo próprio. Que digas - "valeu a pena". Que valeu apena lutar, que valeu a pena acreditar. Hoje estás mais rico. Felicidades e parabéns por esta tua pequena fortuna.
Jorge Pelicano
Realizador documentário "Ainda há pastores?"
Depois entrou em cena o Fernando Soares, semeando mais poemas com a voz dele e, em seguida, o meu amigo Luís cantou e tocou à viola um poema do livro (Pedras Revoltas)... Foi um momento muito bonito e há coisas que são talhadas para determinadas ocasiões. Andava com o desejo de alguém cantar e tocar um poema meu e a uma semana do lançamento não tinha, ainda, ninguém que o fizesse. E, de repente, a Ana lembrou-se do Luís! Seria imperdoável se eu me esquecesse dele :) A verdade é que de um dia para o outro o Luís tinha escolhido um dos poemas que eu lhe dei e ao final do dia tinha a melodia na cabeça... Quem sabe, sabe, não é?
Depois do Luís foi a minha vez de falar... Ninguém imagina os nervos que sentia, mas depois de começar a falar (lembro-me de ter começado com "estava tudo a correr tão bem...") tudo se desenrolou e durante uns 20 minutos falei como há muito tempo não me lembrava de falar... Tinha preparado um guião, mas coloquei-o de lado e deixei que o ambiente falasse por mim... Foi tão mágico...
Depois de mim entraram quatro alunas da escola de dança/ballet do Centro Social de Cête, que dançaram ao som de uma música Celta, lindíssima (obrigado professora Joana)... Em breve deixo também aqui a música que elas dançaram.
E para terminar, falei um pouco mais e deixei uma frase exibida no fundo do auditório, que era a seguinte:
No imenso livro da minha vida
Todos vocês são pequenas letras
que formam as palavras do meu mais belo poema:
Amizade...
(Bolas, já são 2:09)
Todos os meus amigos e família aplaudiram, eu agradeci, desci do palco e fui abraçar e beijar todas aquelas pessoas que me fizeram sentir tão feliz...
A Casa da Cultura preparou um Porto de Honra e eu estive a fazer dedicatórias nos livros que estavam à venda (tive que pedir mais à editora)...
Acima de tudo, esta foi a noite em que eu bebi, comi, senti e amei o Amor... Não existia mais nada além do amor, foi inacreditável e sei que falo por todos (cerca de 90 pessoas) que estiveram presentes ao dizer que foi uma noite, um momento inesquecível...
Foi único, poderá mesmo ser o único momento em que me verei em tal posição, mas foi meu e não há momento em que não abrace todo o sentimento, toda a energia, todo o calor humano que estava naquela sala.
Isto foi o que se passou, com mais ou menos sono tinha que o deixar aqui escrito... Amanhã ou depois deixo escrito o que de facto eu vi e vivi.
Obrigado a todos, especialmente aos que estão "Para lá do que vejo".
São 1:43 da noite, mas não podia deixar mais um dia sem vir aqui entornar as gotas do bálsamo que foi a noite do lançamento do meu livro.
Tento encontrar um ponto de partida, para falar sobre o lançamento, mas as memórias estão tão presentes e vívidas, que é difícil pegar em apenas uma.
Creio que a melhor forma será ir escrevendo sobre a programação do mesmo e, eventualmente, se as minhas mãos assim o quiserem, irei dando vida a algumas palavras que me ficaram gravadas.
Ao invés do previsto, o lançamento ocorreu no auditório da Casa da Cultura e não na sala multiusos. A decisão, por iniciativa da minha adorada irmã, foi a mais sensata, pois o palco do auditório era mais adequado ao que desejava fazer, nomeadamente a actuação do ballet e a noite iria revelar que foram muitas mais pessoas do que aquelas que eu esperaria.
A noite começou com a apresentação de uma surpresa por parte da minha irmã (em conjunto com a Ana), um filme com música de Mark Knopfler e com imagens e frases referentes ao meu percurso enquanto "pessoa"... Foi comovente... Estou a preparar o vídeo para o youtube e, assim, dar a conhecer a surpresa, a primeira fatia do grande bolo que foi a noite de 24 de Novembro.
Em seguida foram lidos alguns poemas por Fernando Soares... O Fernando Soares é e será, se assim for possível, a única voz dos meus poemas. Há anos que o ouço e sempre pensei (e afirmei à Ana) que sentia que escrevia para a voz dele. Foi com curiosidade que ele me disse que os poemas estavam numa forma que ele gosta de ler. De facto, não há acasos...
Depois foi a vez do André, meu amigo de infância, apresentar o autor (eu mesmo, para quem não sabe), com palavras que me comoveram, sentidas e que eu muito agradeço. É bom saber a forma com que os outros nos vêm... É bom ser teu amigo, André.
Em seguida foi a vez do Fernando Soares declamar mais poemas, da forma como apenas ele sabe e consegue.
Foi a vez, de seguida, do Norberto, bom amigo, apresentar o livro... Ao longo de cerca de 30 minutos, cativou todos os presentes e, acima de tudo, surpreendeu-me pelo trabalho de pesquisa que fez, pela forma como encarou o meu convite e pela surpresa no final... Sendo ele, tal como eu, adepto do documentário "Ainda há Pastores?", tomou a iniciativa de contactar o Jorge Pelicano, realizador do documentário, que enviou uma mensagem para mim, lida no final da intervenção do documentário. Confesso que as lágrimas me vieram aos olhos... A mensagem que o Jorge Pelicano foi a seguinte:
"Caro Miguel.
Isto é uma espécie de surpresa a meias com o amigo Norberto.
Queria felicitar-te neste dia especial que estás a passar. Editar um livro, um CD ou um filme é como um filho que nasce. São momentos inesquecíveis aqueles que se vivem neste dias. É o culminar de todo um trabalho, de um ultrapassar de barreiras, de dúvidas, mas também de muitas certezas.Sei o que isso é. "Ainda há pastores?", o meu primeiro filme é a prova disso mesmo. No final esboçamos um leve sorriso e comunicamos com nós próprios e dizemos - "valeu a pena".
É isso que desejo para contigo próprio. Que digas - "valeu a pena". Que valeu apena lutar, que valeu a pena acreditar. Hoje estás mais rico. Felicidades e parabéns por esta tua pequena fortuna.
Jorge Pelicano
Realizador documentário "Ainda há pastores?"
Depois entrou em cena o Fernando Soares, semeando mais poemas com a voz dele e, em seguida, o meu amigo Luís cantou e tocou à viola um poema do livro (Pedras Revoltas)... Foi um momento muito bonito e há coisas que são talhadas para determinadas ocasiões. Andava com o desejo de alguém cantar e tocar um poema meu e a uma semana do lançamento não tinha, ainda, ninguém que o fizesse. E, de repente, a Ana lembrou-se do Luís! Seria imperdoável se eu me esquecesse dele :) A verdade é que de um dia para o outro o Luís tinha escolhido um dos poemas que eu lhe dei e ao final do dia tinha a melodia na cabeça... Quem sabe, sabe, não é?
Depois do Luís foi a minha vez de falar... Ninguém imagina os nervos que sentia, mas depois de começar a falar (lembro-me de ter começado com "estava tudo a correr tão bem...") tudo se desenrolou e durante uns 20 minutos falei como há muito tempo não me lembrava de falar... Tinha preparado um guião, mas coloquei-o de lado e deixei que o ambiente falasse por mim... Foi tão mágico...
Depois de mim entraram quatro alunas da escola de dança/ballet do Centro Social de Cête, que dançaram ao som de uma música Celta, lindíssima (obrigado professora Joana)... Em breve deixo também aqui a música que elas dançaram.
E para terminar, falei um pouco mais e deixei uma frase exibida no fundo do auditório, que era a seguinte:
No imenso livro da minha vida
Todos vocês são pequenas letras
que formam as palavras do meu mais belo poema:
Amizade...
(Bolas, já são 2:09)
Todos os meus amigos e família aplaudiram, eu agradeci, desci do palco e fui abraçar e beijar todas aquelas pessoas que me fizeram sentir tão feliz...
A Casa da Cultura preparou um Porto de Honra e eu estive a fazer dedicatórias nos livros que estavam à venda (tive que pedir mais à editora)...
Acima de tudo, esta foi a noite em que eu bebi, comi, senti e amei o Amor... Não existia mais nada além do amor, foi inacreditável e sei que falo por todos (cerca de 90 pessoas) que estiveram presentes ao dizer que foi uma noite, um momento inesquecível...
Foi único, poderá mesmo ser o único momento em que me verei em tal posição, mas foi meu e não há momento em que não abrace todo o sentimento, toda a energia, todo o calor humano que estava naquela sala.
Isto foi o que se passou, com mais ou menos sono tinha que o deixar aqui escrito... Amanhã ou depois deixo escrito o que de facto eu vi e vivi.
Obrigado a todos, especialmente aos que estão "Para lá do que vejo".
Comentários
Parece que me consegui vislimbrar no meio dessas 90 pessoas. Deve ter sido uma cerimónia bem bonita! :)
Tu mereces!
*.*
Eu estive lá e foi muito lindo, aliás tão lindo q fiquei sem... plavras;)
Todos esperamos ansiosamente pelo lançamento do próximo livro!
Estarei lá para te aplaudir novamente, de pé..
bj