Disclaimer
Olá, tudo bem?
Ao longo destes anos que tenho escrito aqui, creio nunca ter criado um disclaimer, um elucidar sobre este blog, o que pretendo, a razão do nome e mesmo o porquê do que escrevo e o que tento transmitir.
Agora não posso, apenas porque as letras ficaram do lado de lá da janela, recusam-se entrar no escritório, creio preferirem ir à varanda e olhar as pessoas que passam, em busca de histórias que as acompanham e, assim, namorarem outras letras por momentos, mesmo que apenas as minhas palavras as vejam e nem mesmo eu as conheça. Começa por ser assim, as minhas palavras vêm histórias que não vejo e só depois de elas me descerem aos dedos, letra a letra, e escreverem num papel a sua história é que tenho contacto com o que elas viram.
Escrevo essencialmente deitado, sobre o meu lado esquerdo, com a almofada dobrada para ficar com a cabeça mais alta, mão esquerda a segurar o caderno e a mão direita vergada ao peso das palavras. Geralmente a Ana está a dormir e quando as palavras me cansam os sentidos, as mãos dela sentem-no e repousam sobre as minhas costas, ajudando ao longe as minhas mãos.
Os poemas saem em geral de um só trago, sem grandes exercícios estilísticos à posteriori. Curiosamente e como escrevo momentos antes de dormir, na maioria das vezes não recordo o que escrevi e no dia seguinte rio-me sozinho ao ler, por vezes no trânsito, outras vezes ao tomar o pequeno-almoço.
Dificilmente escrevo textos "corridos" (é só para não escrever prosa) manualmente, quando alguma história me surge nos/aos olhos, pego num caderninho e anoto algumas palavras que, mais tarde, permitirão descer ao arquivo que tenho no coração, seleccionar a história e escrevê-la no computador... Inevitavelmente, tenho muitas histórias arquivadas que nunca escrevi por várias razões, as que mais saltam à (minha) vista são a preguiça (este vírus estival) e o facto de algumas delas necessitarem de um tempo de maturação, do aconchego das batidas do coração e do calor da alma... Tenho histórias escritas cujos apontamentos datam de quando era criança e ia a pé para a escola, quando as árvores eram gigantes e estas histórias surgem sem eu fazer nada por isso, basta passar por uma árvore conhecida, conversar um pouco et voilá, renasce uma história.
Tenho noção da importância do que cada um faz e, por isso mesmo, tento em todas as minhas palavras transmitir algo que deixe mensagem, para mim essencialmente e também para os outros. Sinto que, por vezes, o que escrevo são migalhas no caminho, para não me perder e saber voltar atrás nos meus percursos.
Não tenho pejo em admitir tristeza, frustração, sempre referindo-me a mim mesmo, sem me esconder atrás de máscaras ou de pseudónimos, se eu não admitir em mim aquilo que sou e sinto, nunca serei eu mesmo e se eu não for eu, que será de mim?
Olho a vida muitas vezes como um conto de fadas, um mundo encantado cheio de princesas, castelos e dragões e essa, a Vida, é a maior história que jamais escreverei.
Creio que nunca avisei, neste blog, que a leitura do mesmo pode provocar fantasias e ocasionalmente um sorriso.
Aliás, quero mesmo isso, um sorriso de quem lê.
Serenismo não é o que sou.
Serenismo é um termo que gosto, foi proposto para exemplificar uma característica de alguém permanentemente sereno, ciente de tudo o que o rodeia e que perante toda a turbulência exterior consegue manter a calma, a compostura, a integridade consciente e responsável. Quando "digo" responsável é apenas para diferenciar das pessoas cuja calma é mantida porque fogem da turbulência.
Por isso, serenismo, é uma característica que me fascina e cujo exercício tento, ainda que ingloriamente porque, perdoem-me, sou humano e ainda me indigno, frustro, enervo-me, mas acima de tudo sorrio e acredito que o ser humano, eu e tu, pode chegar a ser mais Humano.
A leitura deste blog pode causar sérios distúrbios sociais. Ainda há quem olhe com desconfiança para quem sorri.
Ao longo destes anos que tenho escrito aqui, creio nunca ter criado um disclaimer, um elucidar sobre este blog, o que pretendo, a razão do nome e mesmo o porquê do que escrevo e o que tento transmitir.
Agora não posso, apenas porque as letras ficaram do lado de lá da janela, recusam-se entrar no escritório, creio preferirem ir à varanda e olhar as pessoas que passam, em busca de histórias que as acompanham e, assim, namorarem outras letras por momentos, mesmo que apenas as minhas palavras as vejam e nem mesmo eu as conheça. Começa por ser assim, as minhas palavras vêm histórias que não vejo e só depois de elas me descerem aos dedos, letra a letra, e escreverem num papel a sua história é que tenho contacto com o que elas viram.
Escrevo essencialmente deitado, sobre o meu lado esquerdo, com a almofada dobrada para ficar com a cabeça mais alta, mão esquerda a segurar o caderno e a mão direita vergada ao peso das palavras. Geralmente a Ana está a dormir e quando as palavras me cansam os sentidos, as mãos dela sentem-no e repousam sobre as minhas costas, ajudando ao longe as minhas mãos.
Os poemas saem em geral de um só trago, sem grandes exercícios estilísticos à posteriori. Curiosamente e como escrevo momentos antes de dormir, na maioria das vezes não recordo o que escrevi e no dia seguinte rio-me sozinho ao ler, por vezes no trânsito, outras vezes ao tomar o pequeno-almoço.
Dificilmente escrevo textos "corridos" (é só para não escrever prosa) manualmente, quando alguma história me surge nos/aos olhos, pego num caderninho e anoto algumas palavras que, mais tarde, permitirão descer ao arquivo que tenho no coração, seleccionar a história e escrevê-la no computador... Inevitavelmente, tenho muitas histórias arquivadas que nunca escrevi por várias razões, as que mais saltam à (minha) vista são a preguiça (este vírus estival) e o facto de algumas delas necessitarem de um tempo de maturação, do aconchego das batidas do coração e do calor da alma... Tenho histórias escritas cujos apontamentos datam de quando era criança e ia a pé para a escola, quando as árvores eram gigantes e estas histórias surgem sem eu fazer nada por isso, basta passar por uma árvore conhecida, conversar um pouco et voilá, renasce uma história.
Tenho noção da importância do que cada um faz e, por isso mesmo, tento em todas as minhas palavras transmitir algo que deixe mensagem, para mim essencialmente e também para os outros. Sinto que, por vezes, o que escrevo são migalhas no caminho, para não me perder e saber voltar atrás nos meus percursos.
Não tenho pejo em admitir tristeza, frustração, sempre referindo-me a mim mesmo, sem me esconder atrás de máscaras ou de pseudónimos, se eu não admitir em mim aquilo que sou e sinto, nunca serei eu mesmo e se eu não for eu, que será de mim?
Olho a vida muitas vezes como um conto de fadas, um mundo encantado cheio de princesas, castelos e dragões e essa, a Vida, é a maior história que jamais escreverei.
Creio que nunca avisei, neste blog, que a leitura do mesmo pode provocar fantasias e ocasionalmente um sorriso.
Aliás, quero mesmo isso, um sorriso de quem lê.
Serenismo não é o que sou.
Serenismo é um termo que gosto, foi proposto para exemplificar uma característica de alguém permanentemente sereno, ciente de tudo o que o rodeia e que perante toda a turbulência exterior consegue manter a calma, a compostura, a integridade consciente e responsável. Quando "digo" responsável é apenas para diferenciar das pessoas cuja calma é mantida porque fogem da turbulência.
Por isso, serenismo, é uma característica que me fascina e cujo exercício tento, ainda que ingloriamente porque, perdoem-me, sou humano e ainda me indigno, frustro, enervo-me, mas acima de tudo sorrio e acredito que o ser humano, eu e tu, pode chegar a ser mais Humano.
A leitura deste blog pode causar sérios distúrbios sociais. Ainda há quem olhe com desconfiança para quem sorri.
Comentários
Para mim o que está aqui descrito não é novo...sempre foi o que pensei. Existem detalhes tais como o escrever deitado para determinado lado que não imaginava. Mas, tenho acompanhado este blog desde à muito tempo e fui-me apercebendo da intencionalidade.
Tens alma de poeta...o que fazes é o que um poeta de profissão faz...deixas a imaginação flutuar assim como algumas coisas que te possam ir na alma.
Esta é a minha ideia e ...de resto tenho gostado de passar por cá...de aprender sobretudo...pois escreves com nível superior ao meu...
Além disso dá-me prazer porque divago em cada poema para o lado que me dá mais jeito no momento e tento imaginar cada sensação descrita.
Acabei de fazer a minha síntese.
Um abraço
Te comecei a ler não faz muito, adorei quando te li pela primeira vez, eu amo ler e tudo que me chama a minha atenção eu não largo mais pq por defeito talvez eu gosto de sonhar com cada leitura que eu leio.
Eu domino melhor o inglês do que o português além de a língua do camoes ter sido ensinada em casa dos meus papais.
O sonho é o caminho para a realidade da vida, o sorriso é a fala do coração, por isso meu amigo nunca deixes de escrever o que te vai na alma e sorrir para que a vida seja fácil de se encarar
obrigado por eu ter a possibilidade de te poder ler e conhecer um bocadinho o poeta que vive dentro se ti
beijos mil de além mar
Whispers
Haja alegria, que tristezas não pagam dívidas - a bem da sanidade mental.
Abraço do Zé
Gostei especialmente do sorriso que as tuas palavras provocas.. sim... acredita que saio com um sorriso maior do que quando aqui entro!
Um bem haja!
=^.^=
Beijos serenos e fátuos.
também em mim habita, algumas vezes, a tristeza, a frustração... é próprio de quem vive, e mais ainda de quem ama a vida e está serenamente consciente do mundo e dos corações que habitam no mundo...
poderemos todos chegar a ser mais Humanos, sim, é urgente acreditar, e fazer acreditar... até porque temos um Deus-Pai que, no Seu abraço umas vezes magoa através de outros corações, outras vezes acalenta através de outros tantos corações... e n'Ele, tudo podemos, é a Força de união de tudo... é essa Paz que chamas de serenismo... Sê o que és, és uma alma belíssima...
Abraço forte forte, para ti e para a Ana...
Bj
À espera
http://poemasdesarrumados.blogspot.com