Uivos
Senti o afago lento,
demorado,
das letras sob mim.
Deitei-me num leito só meu,
onde repousam lágrimas
e sorrisos
que tenho para dar.
Que horas são?
O sonho veio leve,
tremeu um pouco
e gemeu
nos frios lençóis,
já as palavras dormiam
encostadas
ao cheiro morno de um papel
virgem,
que luzes soluçam
entre as árvores
que as cingem?
Devolve-me à noite,
aos passos no escuro,
ouve-me nos uivos do teu ser
para que saibas,
ou esqueças
que no fundo dos meus olhos
está vida,
a morrer...
demorado,
das letras sob mim.
Deitei-me num leito só meu,
onde repousam lágrimas
e sorrisos
que tenho para dar.
Que horas são?
O sonho veio leve,
tremeu um pouco
e gemeu
nos frios lençóis,
já as palavras dormiam
encostadas
ao cheiro morno de um papel
virgem,
que luzes soluçam
entre as árvores
que as cingem?
Devolve-me à noite,
aos passos no escuro,
ouve-me nos uivos do teu ser
para que saibas,
ou esqueças
que no fundo dos meus olhos
está vida,
a morrer...
Comentários
O poema é bonito e as peças que o compõem fazem dele algo de mágico...
Gostei.. alias.. gosto sempre!
=^.^=
Que final tão triste!
No início parece que o poeta (tu) ía falar de um momento mágico e romântico no qual a nostalgia dá lugar ao amor...mas eis que revela que amor...está a morrer pois se a vida está a morrer...
O que será a vida sem amor?
Triste...morte...solidão...sobreviver...
Bem...e eu...escrevi confusão...mas queria dizer apenas:
Amar é viver!
Um abraço
Um abraço
Apenas tens de agarrar-te ao sonho e avançar.
*.*
às vezes dói e queima, outras vezes é suave remédio para a alma...
e em cada hora que passa
e em cada folha de papel virgem de palavras que dormitam
sonhos vagueiam em busca desse leito onde morrem sorrisos e lágrimas, mas os teus olhos...
... nelas vivem
Mt sensibilizada pelo duplo olhar poisado em meu[s] espaço[s]!
bj fraterno