Ao sabor de mim

Caminho ao sabor do caminho,
o vento molda-me
as rugas
e as mãos,
sempre as mãos,
que se encolhem quando as tocam outras mãos
que não tacteiam.

O vento acalma-me o sorriso
e ondula nos sonhos
que trago
presos
por um trago de água sem sabor,
como uma frase sem fim
e frio sem frio,
nos calmos
serenos
braços do amor.

Comentários

Anónimo disse…
"...quando as tocam outras que não tacteiam."
"O vento acalma-me o sorriso e ondula nos sonhos..."
"...serenos braços do amor".

Estas são as minhas frases preferidas ao longo deste poema. Com elas vou fazer uma síntese do que penso dele. O amor é mágico (quando é correspondido) foi o que o poeta quis dizer. Há algo que está subjacente ao amor que é o toque e nada há mais reconfortante do que uma mão sobre uma mão quando se ama (são duas energias positivas) que nunca se repelem. Por último queria frisar a importância do abraço que acalma, protege, transmite paz e tudo o que é bom. Tudo isto é proporcionado pelo amor que ao sabor do vento nos preenche todos os vazios da alma.

Feliz de quem encontrou o amor!

E quem escreve assim já encontrou (I think)!

Um abraço
Anónimo disse…
Os braços do amor confortam-nos muito, não é?
Mas, às vezes, temos de nós mesmo de nos confortarmos!

Obrigada pelo carinho! *.*
Anónimo disse…
Humm... braços de amor como estes... que se quer mais...
Feliz de quem sabe amar..
Feliz de quem sabe receber o amor!
Um beijinho

=^.^=
foryou disse…
O vento faz tudo isso???? Também quero ventania então!! :)

Beijo
Ivy disse…
Oi Miguel.Lindos os teus poemas. E este, tem a palavra "Vento". E esta palavra é magica para mim. Um abraço!

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