Dia da Criança
É dia da Criança.
Este deve ser o único que se pode escrever sempre com letra grande. As crianças não são como os homens, que momentaneamente merecem ter o nome escrito com letra maiúscula. As crianças, de tão pequenas serem, têm o nome sempre escrito em maiúsculas.
Continuo criança na verdadeira acepção da palavra. Sento-me apenas para ver as poças de água da chuva, pouso os cotovelos nos joelhos e apoio a cabeça nas palmas das mãos. Não preciso desfocar a visão para ver paisagens do lado de lá, que se alteram a cada novo pingo de água. Por vezes, salto para dentro da poça e caio num novo mundo e deixo-me andar por lá, falando com os seres que lá habitam.
Continuo criança, simples, que se ri dos nós das gravatas, mas que já não embrulha bens preciosos em folhas de eucalipto para os enterrar debaixo de árvores, como chicletes ou lanternas.
Nunca fui agressivo em relação a nada e continuo a não o ser. Sonho ser poeta e andar pelo mundo, conhecer pessoas de verdade e a verdade das pessoas, alimentar-me com o que encontrar e trocar sonhos por poemas ou comida por um abraço ou um braço forte de trabalho.
Continuo criança, com medo não do escuro, mas de quem se esconde no escuro, das faces fechadas e dos sorrisos de mármore plantados à beira-rio de ilusões.
Continuo criança, a tentar que a luz trémula de uma lanterna chegue aos confins do Cosmos.
Continuo criança, com saudades de querer ter sardas e de ver crescer entre as mãos guitarras imaginárias ou acelerar por pistas de Fórmula 1.
Continuo criança, onde adultos inventam síndromes com nomes de heróis de banda-desenhada.
Continuo criança, com vontade de dar a volta ao mundo na palma da minha mão, de partilhar, dar e receber vida, olhares, falar com quem não conheço, sem medo ou ilusões de ser mais do que sou e ser o que poderei não conhecer e ser.
Continuo criança, com saudades de crianças que tive a sorte de conhecer como professor, de olhares que me moldaram o viver, que mesmo longe me fazem ver e viver melhor.
Continuo criança no sonho de viver em paz com a guerra, de ver nascer das mãos sementes que lançam arco-íris e polvilham o céu com cores que só vejo do lado de lá das poças de água e onde dou apertos de mão firmes.
Continuo criança, sem medo de crescer.
Este deve ser o único que se pode escrever sempre com letra grande. As crianças não são como os homens, que momentaneamente merecem ter o nome escrito com letra maiúscula. As crianças, de tão pequenas serem, têm o nome sempre escrito em maiúsculas.
Continuo criança na verdadeira acepção da palavra. Sento-me apenas para ver as poças de água da chuva, pouso os cotovelos nos joelhos e apoio a cabeça nas palmas das mãos. Não preciso desfocar a visão para ver paisagens do lado de lá, que se alteram a cada novo pingo de água. Por vezes, salto para dentro da poça e caio num novo mundo e deixo-me andar por lá, falando com os seres que lá habitam.
Continuo criança, simples, que se ri dos nós das gravatas, mas que já não embrulha bens preciosos em folhas de eucalipto para os enterrar debaixo de árvores, como chicletes ou lanternas.
Nunca fui agressivo em relação a nada e continuo a não o ser. Sonho ser poeta e andar pelo mundo, conhecer pessoas de verdade e a verdade das pessoas, alimentar-me com o que encontrar e trocar sonhos por poemas ou comida por um abraço ou um braço forte de trabalho.
Continuo criança, com medo não do escuro, mas de quem se esconde no escuro, das faces fechadas e dos sorrisos de mármore plantados à beira-rio de ilusões.
Continuo criança, a tentar que a luz trémula de uma lanterna chegue aos confins do Cosmos.
Continuo criança, com saudades de querer ter sardas e de ver crescer entre as mãos guitarras imaginárias ou acelerar por pistas de Fórmula 1.
Continuo criança, onde adultos inventam síndromes com nomes de heróis de banda-desenhada.
Continuo criança, com vontade de dar a volta ao mundo na palma da minha mão, de partilhar, dar e receber vida, olhares, falar com quem não conheço, sem medo ou ilusões de ser mais do que sou e ser o que poderei não conhecer e ser.
Continuo criança, com saudades de crianças que tive a sorte de conhecer como professor, de olhares que me moldaram o viver, que mesmo longe me fazem ver e viver melhor.
Continuo criança no sonho de viver em paz com a guerra, de ver nascer das mãos sementes que lançam arco-íris e polvilham o céu com cores que só vejo do lado de lá das poças de água e onde dou apertos de mão firmes.
Continuo criança, sem medo de crescer.
Comentários
Também eu me recuso a "crescer" em alguns aspectos da minha vida.
Em outros sou a adulta responsável mas sem medo de ser criança.
Um Beijo em Silêncio
http://www.laboratoriodedesenhos.com.br/aquarela.htm
Ser criança eternamente!
=^.^=
assim como és...
Bom fim de semana....
...sereno.
Pula, salta, corre, sorri, chora, vê, ouve... Faz tudo, TUDO o que te apetecer.
Bjs coloridos
Nota: E serás feliz a cada instante, sempre que dentro de ti fizeres ecoar pensamentos positivos! Tens o poder de trasnformar tudo!
Basta quereres!
Bj Lua
Sensível o texto!
Sensibilizada pelo poisar, de novo, teu olhar em meu espaço!
Espero q o teu f-s de semana de 25 Maio tenha sido óptimo!
Bom feriado!
Todos nós temos um lado criança - e ainda bem...
Fica bem
Abraço
(estás bem, não estás?!)
Lindo texto!
Tão belo que acordou
a criança adormecida
dentro de mim...
Seus textos
continuam maravilhosos.
Menimo Miguel,
adorei seu texto.
Fica bem.
Um abraço carinhoso.*Juli*
thanks!
ty.o.by_ed_alexx@voila.fr