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A mostrar mensagens de junho, 2007

Uma noite de Primaveril Inverno

Pouso a caneta com carinho, deslizo para baixo dos sonhos e cubro-me com as folhas deste caderno, encosto a cabeça a sorrisos que vi nascer e, então, adormeço. E noite calada murmura-me mundo distantes e abraços quentes, sons abafados que gritam agrilhoados ecoam em becos, secos, de gente e de vida. A ilusão faz-me companhia, caminha a meu lado, dá-me a mão e pede que sorria, mas agora que, felizmente, a noite chega, já os meus sorrisos partiram presos a um qualquer colorido balão, cheio com fantasia…

Dia da Criança

É dia da Criança.  Este deve ser o único que se pode escrever sempre com letra grande. As crianças não são como os homens, que momentaneamente merecem ter o nome escrito com letra maiúscula. As crianças, de tão pequenas serem, têm o nome sempre escrito em maiúsculas. Continuo criança na verdadeira acepção da palavra. Sento-me apenas para ver as poças de água da chuva, pouso os cotovelos nos joelhos e apoio a cabeça nas palmas das mãos. Não preciso desfocar a visão para ver paisagens do lado de lá, que se alteram a cada novo pingo de água. Por vezes, salto para dentro da poça e caio num novo mundo e deixo-me andar por lá, falando com os seres que lá habitam. Continuo criança, simples, que se ri dos nós das gravatas, mas que já não embrulha bens preciosos em folhas de eucalipto para os enterrar debaixo de árvores, como chicletes ou lanternas. Nunca fui agressivo em relação a nada e continuo a não o ser. Sonho ser poeta e andar pelo mundo, conhecer pessoas de verdade e a verdad...

Cobertor

A minha vida assemelha-se a um cobertor pequeno. Se tapo a cabeça, destapo os pés e vice-versa.