Singularidade vs Pluralidade
Procurar e viver a singularidade é fonte de dualidade.
Não há poema, crónica ou conto que me permita exprimir o assombro e o espanto, o desespero e o êxtase de viver, de sentir, de permitir procurar-me e encontrar-me, para me perder em seguida e descobrir-me agora ou ao virar desta página, amanhã ao espelho ou após vidas no olhar de outra pessoa que não eu.
Neste encolher de ombros, que é a vírgula no conto de uma vida, fica a pairar a incapacidade de narrar o que as palavras ainda não sabem ler e o sorriso de um breve instante que dura apenas a distância que vai da primeira linha desta folha até o momento em que paro, levanto a caneta e sorrio para a mão que a sustenta.
Não há poema, crónica ou conto que me permita exprimir o assombro e o espanto, o desespero e o êxtase de viver, de sentir, de permitir procurar-me e encontrar-me, para me perder em seguida e descobrir-me agora ou ao virar desta página, amanhã ao espelho ou após vidas no olhar de outra pessoa que não eu.
Neste encolher de ombros, que é a vírgula no conto de uma vida, fica a pairar a incapacidade de narrar o que as palavras ainda não sabem ler e o sorriso de um breve instante que dura apenas a distância que vai da primeira linha desta folha até o momento em que paro, levanto a caneta e sorrio para a mão que a sustenta.
Comentários