Rain man... away
Era capaz de ficar para sempre a ouvir a chuva cair no telhado, com os olhos fechados, tremendo até que a roupa secasse no corpo com a ajuda de uma lareira e sentindo, arrepiado, as gotas que caíam do cabelo molhado.
Eu e a chuva.
Dá-me conforto os dias de chuva e vento, como hoje, talvez de forma egoísta, aceito, porque muitas e muitas pessoas não têm abrigo.
Era capaz de ficar sempre feliz, sem me submeter ao que chamam de vida e aos seus caprichos, aos seus ventos de agoiro que trazem na lapela sorrisos falsos.
Era capaz de ser capaz de sorrir quando me dessem palmadinhas nas costas depois de eu contar um sonho absurdo de realização pessoal.
Era capaz de ficar a olhar despreocupado à injustiça que varre a humanidade de uma ponta à outra da sua divisão maior, a sinceridade.
Tantas e tantas coisas que eu era capaz de ser e fazer, mas que não faço, porque nem sempre chove, nem sempre tenho alpendres e ventos uivantes, nem sempre me pedem carinho os animais com que me cruzo, nem sempre os meus sonhos afloram nadando na retina.
Não era capaz de ser capaz de sorrir no quotidiano de quem labuta por uma côdea, porque os olhos de quem não sorri pesam-me na face e na alma.
Naquilo que chamam de viver, sou eu a nascer.
Dá-me conforto os dias de chuva e vento, como hoje, talvez de forma egoísta, aceito, porque muitas e muitas pessoas não têm abrigo.
Era capaz de ficar sempre feliz, sem me submeter ao que chamam de vida e aos seus caprichos, aos seus ventos de agoiro que trazem na lapela sorrisos falsos.
Era capaz de ser capaz de sorrir quando me dessem palmadinhas nas costas depois de eu contar um sonho absurdo de realização pessoal.
Era capaz de ficar a olhar despreocupado à injustiça que varre a humanidade de uma ponta à outra da sua divisão maior, a sinceridade.
Tantas e tantas coisas que eu era capaz de ser e fazer, mas que não faço, porque nem sempre chove, nem sempre tenho alpendres e ventos uivantes, nem sempre me pedem carinho os animais com que me cruzo, nem sempre os meus sonhos afloram nadando na retina.
Não era capaz de ser capaz de sorrir no quotidiano de quem labuta por uma côdea, porque os olhos de quem não sorri pesam-me na face e na alma.
Naquilo que chamam de viver, sou eu a nascer.
Comentários
bjos
Cris
Primeiro queria agradecer osteus comentários no meu blog...
Confesso que também adoro ficar no "quentinho" a ouvir a chuva a cair lá fora... É um prazer um tanto egoista uma vez que existem muitas pessoas sem casa... e sem abrigo da chuva... mas eu adoro estar em casa e ouvir a chuva cair...
Gostei do teu texto!
Beijinho e fica bem!
o mundo é assim! E aqueles que ás vezes te doiem, são os que depois mais depressa te cospem!! Não somos imensos, não podemos abranger tudo! Não te mortifiques! A natureza deixa as coisas seguirem o seu rumo natural! Quem é "forte" sobrevive, quem é "fraco" perece!
beijos missixty
Eu adoro as chuva, ouvi-la para mim, parece uma balada!!!
Muita força pa ti!
Beijinhos!
:)
Maravilhoso!
Adorei, mas essa parte me encantou:
"Tantas e tantas coisas que eu era capaz de ser e fazer, mas que não faço, porque nem sempre chove, nem sempre tenho alpendres e ventos uivantes, nem sempre me pedem carinho os animais com que me cruzo, nem sempre os meus sonhos afloram nadando na retina"
Mas como você mesmo escreveu,
nem sempre chove...
Tens o dom de tocar o coração
das pessoas, com o sentimento que escreves os teus textos...
Beijo.*Juli*
verdade!
................
Beijo ´n´oteudoceolhar ***