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A mostrar mensagens de fevereiro, 2007

Simplicidade

Enches-te de alegria com coisas pequenas e é isso que te faz grande.

Rain in a sunny day

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Chovia tanto que ele pensava morar no fundo do mar, separado do infinito azul líquido por uma fina tela de vidro. O vento, quando uivava, parecia um navio e, assim, fechava os olhos e imaginava-se num barco, daqueles pequenos, onde não cabe um remo, apenas existe um pequeno espaço para um punhado de sonho e ilusão. Quando a ondulação o embalava ele deixava-se adormecer, para logo depois acordar, dentro do mar que é o peito de quem sonha.  E assim, enquanto dormia, o sonho e ilusão saltavam, como peixe acabado de pescar, e caíam novamente ao mar, deixando-se cair ao sabor da corrente, para que outros que não dormissem os vissem lá no abismo onde habitavam e pudessem, também, sonhar. Acordava e via-se no barco, ondulando, mas no momento em que olhava para o seu pequeno barco e não via o seu punhado de sonho e ilusão, acordava.  Para se ver encostado ao vidro, contra o qual o vento atirava pequenas gotas de chuva.  E estas, cansadas, escorregavam e contavam-lhe b...

Cold night blues

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Fogem de mim, os olhares da noite e as mãos frias, o aceno fugidio da mentira e a lágrima que já ida nem de mim me tira. A névoa das pessoas e máscaras, a chuva que inunda a noite, pintada de verdade, quando cair no vazio verá, uns olhos cavados e mãos, em desespero, agarrando a vida que a outros tirou...

Até um dia destes

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Olá.  Parece-me que é a última vez que venho aqui, ao blog, para escrever.  Acho que me cansei de cultivar o lado bucólico da vida neste espaço virtual.  Inevitavelmente, nada é evitável, digamos que faz parte da vida sermos assim, uma sucessão de dias e horas, segundos e noites, sonhos e pesadelos.  Confesso que esta deve ter sido a primeira vez que me sentei em frente ao computador sem um motivo, ainda que muito distante do meu fio condutor, para escrever.  Sentei-me e assim fiquei, a olhar, sem qualquer história para escrever, sem qualquer sonho misturado com música e flores que nascem nas encostas das estrelas.  Orgulho-me de continuar, por aí fora, sendo eu mesmo, com mais ou menos pontapés na boca, mas escrevendo em meu nome, comigo e para mim.