Esquecimento

Há muito minhas mãos esqueceram
e meus olhos voaram,
dos caminhos nublados
às estradas,

então,
desconhecidas

outros sentidos
acordaram.


Nada do que vagueie é vago,

nem as sombras fugidias
que dançam

nas mãos,

tão pouco a memória

que sorri

na calada da noite,
quão distantes

os senãos.


As metáforas

subjugam o sentido
do olhar,

enquanto as mãos ainda
afagam

os acasos da vida,
os ocasos esmaecidos
bailam
no compasso
lento
do deambular
no infinito,

deste segundo
um momento...

Comentários

Luna disse…
É bom quando caminhamos rumo ao desconhecido, sempre há esperança de nos encontrarmos
beijokas
Anónimo disse…
êeeeeeeeee
lembrou de mim
obrigada : p
espero que vc tb tenha um fds maravilhoso!

"Luz na mente e paz na alma"

um abraço

by Alê Monteiro
Anónimo disse…
Olá Miguel

Gostei muito do teu texto anterior, acho que nós como seres chamados "superiores" poderiamos aprender muito mais uns com os outros, mas para isso tem que haver humildade e respeito...

Também gostei deste teu poema, escreves bem!

Deixo os meus votos de um excelente fim d semana!

Bjokas com carinho***
Anónimo disse…
A parte do corpo que eu mais gosto são as mãos. As mãos para mim são o espelho da alma. As mãos permitem sentir e como uma vez disse admiro as mãos dos cegos e digo: são miracolosas. Eles sentem o mundo nas mãos e descobrem com as mãos coisas fantásticas.
A mão é um elemento tão lindo!A forma como gesticulámos as mãos evidencia muita coisa...bem eu adoro mãos e é um dos orgãos que me chamam mais a atenção tal como me chamaram ao reler "por alto" o teu poema.

O teu poema..........
Serenidade disse…
Simplesmente maravilhoso...

Desejos de um fds repleto de paz e serenidade.
Serenidade disse…
Simplesmente maravilhoso...

Desejos de um fds repleto de paz e serenidade.
MS disse…
Tens momentos de escrita, lindos!

Mt sensibilizada pelo olhar poisado...
Juℓi Ribeiro disse…
Miguel:

Que versos lindos!

Neles:
"Nada do que vagueie é vago"

"Há muito minhas mãos esqueceram
e meus olhos voaram,
dos caminhos nublados
às estradas,
então,
desconhecidas
outros sentidos
acordaram..."

Que bom,
que suas mãos esqueceram,
seus olhos voaram
e seus outros
sentidos acordaram!

Muitas pessoas,
jamais conseguirão passar
por um momento destes...

Como sempre,
me encanto com seus textos.
Sempre que venho aqui,
fico um pouco mais rica,
teu talento e sensibilidade,
prevalecem em cada linha
que escreves e são refletidos
para todos
os que visitam teu blog.

Beijo.*Juli*
antónio paiva disse…
................

de acaso em acaso

se constrói uma existência

..............

Bom fim-de-semana
Anónimo disse…
Lindo Poema e como diz a Silvia.. as mãos... uma bela parte do corpo.. a qual aprecio e o meu olhar sempre desvia... ;)sempre tão presentes.. sempre tão sentidas!

Um beijo de bom fds! =^.^= TARINA

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