Let me be
Deixa,
deixa que pelo menos uma vez o cansaço me vença,
que eu feche os olhos
cansados
e fundos.
Deixa,
deixa que meu corpo tombe à força dos arpões,
que descanse as mãos
e a noite seja minha cama,
fria como sorrisos vagos
e húmida,
como as que brotam
no escuro.
Deixa,
deixa que chore,
que soluce e minha alma respire,
que possa dizer, ainda que unicamente,
“estou tão cansado…”
Deixa,
deixa que sobre os meus ombros não pesem as pedras perdidas
da vida
e dos sorrisos,
que carrego em mim
para que outros não esmaeçam.
Deixa,
deixa-me sentir uma vez mais as estrelas,
sentir-lhes o cheiro doce
e o calor que aconchega a saudade,
que tão longe me traz
o Amor.
Deixa,
deixa-me prostrar,
esmorecer,
sussurrar a medo
para que os vultos não me ouçam,
segurar a cabeça na parede fria e áspera,
raspar uns traços de tinta no papel,
adormecer aos poucos
como a neblina das manhãs de Verão,
olhar o Sol que mais um dia no meu infinito impera
e sorrir,
sorrir porque agora, eu, já não sou eu.
Deixa,
deixa-me dar alento à vida,
respirar pesado e fundo,
esperar que a chuva me chame,
ver as suas lágrimas,
filhas,
e dizer:
“deixa… deixa-me sonhar nos teus olhos…”
deixa que pelo menos uma vez o cansaço me vença,
que eu feche os olhos
cansados
e fundos.
Deixa,
deixa que meu corpo tombe à força dos arpões,
que descanse as mãos
e a noite seja minha cama,
fria como sorrisos vagos
e húmida,
como as que brotam
no escuro.
Deixa,
deixa que chore,
que soluce e minha alma respire,
que possa dizer, ainda que unicamente,
“estou tão cansado…”
Deixa,
deixa que sobre os meus ombros não pesem as pedras perdidas
da vida
e dos sorrisos,
que carrego em mim
para que outros não esmaeçam.
Deixa,
deixa-me sentir uma vez mais as estrelas,
sentir-lhes o cheiro doce
e o calor que aconchega a saudade,
que tão longe me traz
o Amor.
Deixa,
deixa-me prostrar,
esmorecer,
sussurrar a medo
para que os vultos não me ouçam,
segurar a cabeça na parede fria e áspera,
raspar uns traços de tinta no papel,
adormecer aos poucos
como a neblina das manhãs de Verão,
olhar o Sol que mais um dia no meu infinito impera
e sorrir,
sorrir porque agora, eu, já não sou eu.
Deixa,
deixa-me dar alento à vida,
respirar pesado e fundo,
esperar que a chuva me chame,
ver as suas lágrimas,
filhas,
e dizer:
“deixa… deixa-me sonhar nos teus olhos…”
Comentários
Eu por mim deixo isso tudo.
Um abraço.
Lindo poema.
Aproveita e passa também pelo meu outro cantinho...também de poesia.
Beijos para ti
http://meuazultransparente.blogspot.com/