Metáforas
Até o sono tem preguiça esta noite...
A insónia ganhou e fez-me levantar da cama...
Eu sou um outro eu de mim mesmo, que é título de poema ainda não escrito...
Esta noite só a metáfora pode ganhar, porque a sinceridade crua e dura é de matar, é de sufocar, é de aos céus (surdos, agora) bradar...
Os sonhos, esses animais, só podem ser domados por mim...
Vagueiam pelas enseadas de forma sôfrega, os sonhos, e outros também...
As notícias de amanhã chegam-me de véspera, trá-las o cansaço...
Os sorrisos que vivi, que alimentaram o sonho, estão distantes, habitam apenas na noite em que este meu "eu" vagueia pelo espaço, onde constrói cenários, onde visita aquários lodosos, onde nadam quem os sonhos não doma...
Há algo de estanho na metáfora...
De vez em quando temos que dar espaço à saudade, ao vício de lamber a ferida, como animal, como víbora que se intoxica com o seu veneno...
Há venenos que nem a víbora consegue exalar...
A metáfora ganhou à insónia, que se retira cabisbaixa, com um sorriso de esguelha e um sopro no olhar: "Vou voltar..."
Estas linhas são dedicadas às metáforas que lêm estas sonolentas mordidas, que encontram no ondular da maré a compreensão deste eu, que é um outro eu de mim mesmo...
Se as metáforas falassem...
A insónia ganhou e fez-me levantar da cama...
Eu sou um outro eu de mim mesmo, que é título de poema ainda não escrito...
Esta noite só a metáfora pode ganhar, porque a sinceridade crua e dura é de matar, é de sufocar, é de aos céus (surdos, agora) bradar...
Os sonhos, esses animais, só podem ser domados por mim...
Vagueiam pelas enseadas de forma sôfrega, os sonhos, e outros também...
As notícias de amanhã chegam-me de véspera, trá-las o cansaço...
Os sorrisos que vivi, que alimentaram o sonho, estão distantes, habitam apenas na noite em que este meu "eu" vagueia pelo espaço, onde constrói cenários, onde visita aquários lodosos, onde nadam quem os sonhos não doma...
Há algo de estanho na metáfora...
De vez em quando temos que dar espaço à saudade, ao vício de lamber a ferida, como animal, como víbora que se intoxica com o seu veneno...
Há venenos que nem a víbora consegue exalar...
A metáfora ganhou à insónia, que se retira cabisbaixa, com um sorriso de esguelha e um sopro no olhar: "Vou voltar..."
Estas linhas são dedicadas às metáforas que lêm estas sonolentas mordidas, que encontram no ondular da maré a compreensão deste eu, que é um outro eu de mim mesmo...
Se as metáforas falassem...
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