Estrias na alma

Quando me ouram os sentidos
já eu não sou eu,
solto um pouco de calor
e demência,
pouco de algo
e muito de perdido...

Vários são os vultos
que me estriam a alma,
mordazmente,
na voz e olhar de outros
me atiçam um lume gélido,
que destrói e não mata...

Rodopio em mim,
sobre um caderno de memórias
e uma caneta partida,
vestida de tinta,
quebrada e não partida.

Agora,
antes que meus olhos esqueçam as trevas,
eu salto em frente à vida
parando-a,
afagando-a,
e firmemente atiro:
"sei que querias, mas não a levas!"

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