Mal estar...

Ó Lua
cai sobre mim,
dilacera todo o meu corpo,
transforma-me em pó, grão fino de areia,
vaporiza-me em nada
e devolve-me o vazio,
enche-me de frio,
sê de ti apenas mais uma candeia.
Que frio é este no respirar?
Porque razão fogem estas linhas às palavras?
Vem,
assim devagarinho,
segura-me as pálpebras por um momento,
deixa-me escrever a palavra carinho,
fica mais um pouco ao pé de mim,
ampara-me a cabeça difusa neste tormento,
que pensas destas palavras, são belas?
É bonito o teu sorrir,
diz-me, Lua, és tu quem canta?
talvez sejam meus ouvidos,
ou a imaginação vagueando…

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