Finalmente...

Finalmente vivo!
Respiro o mais que consigo,
a caneta toca no papel
e derrama tinta,
é o rasto visível do meu pulsar.
Pouso em todas as flores para obter mel,
apenas agora, neste momento,
sinto o sangue correr nas veias,
as estrelas salpicam e caem do firmamento
e a sua poeira camufla os sentimentos,
derramam sobre os buracos da alma
um pouco de luz e azul celeste,
infundem em mim a calma,
soltam do mais recôndito ângulo um sorriso agreste
e aí, nas estrelas,
ou no poema,
sei que vivo em dias não medidos,
pauto a existência em sentimento,
talvez amor, talvez medo,
e por entre rimas de poemas ou fluxos de prosa
fecho as mãos em concha e,
sorrindo,
guardo para mim este segredo.

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