Adeus
Sorri para mim,
é esse raio de luz radial
ou meus olhos vêm apenas o que a imaginação florida sente?
Serpenteia entre fotões,
sê da vida um errante destino que me sacode
e cega a imaginação com agrestes arpões!
Vai,
segue um rumo que descrevo na areia,
a espuma negra das lágrimas sórdidas é má,
sabe a fel,
tolda o barro sujo com que te construí
e cospe no caminho.
Deixa que esta dor lentamente me eleve ao solo
e faça deste aperto no peito um pingo de mel.
Desapareces distante
e eu longe de mim permaneço.
Nas ondulações gigantes do sorrir vago e profundo
não sei se morro
ou adormeço.
Agora
Se me pudessem ver neste momento,
onde a sombra da caneta escurece
e as letras são todas iguais...
Toda a palavra é um tormento,
um profundo rasgar de emoções em platina
para que seja real,
sincero,
este pequeno barco de papel.
As rugas reflectem apenas ar,
são apêndices da idade,
repercutissem elas a saudade,
a ânsia de a mim chegar
então saberia o poema,
ou a tinta da pena,
que o suor que cai de meus olhos
é rude forma de matar,
aniquilar,
a vida que nada sabe de mim,
os caminhos de pedras gastas,
a tristeza pelas esquinas a matar...
E eu sentado no verde musgo do muro
com os punhos cerrados,
à espera que a calma chegue de uma ruga sem fim.
Casaco azul...
Visto o meu casaco de vagabundo e sonho.
O calor que a lã emana é vida
ou talvez seja o aconchego da alma esquecida,
quando a cabeça pende
e a sonolência é duro fardo
os olhos que se fecham são cristais
onde o passado sucede.
Um breve sorriso é enlouquecido
pelas mãos que agridem a face escariada,
as rugas que o espelho exibe
são fundas e sujas como as pedras da calçada.
Bermas de estrada suja e anoitecida
onde param luzes solitárias
e inalam a maresia qual fragrância pura estelar,
caras maltratadas,
quase mal amadas,
amortalhadas pelo vício corrosivo da manhã.
Palavras avulsas sem traves ou barreiras inócuas
e cabelos que ondulam sem brisa,
surgem um dia,
sob o trinque da porta do luar
e fecham-se às janelas que mostram o respirar...
é esse raio de luz radial
ou meus olhos vêm apenas o que a imaginação florida sente?
Serpenteia entre fotões,
sê da vida um errante destino que me sacode
e cega a imaginação com agrestes arpões!
Vai,
segue um rumo que descrevo na areia,
a espuma negra das lágrimas sórdidas é má,
sabe a fel,
tolda o barro sujo com que te construí
e cospe no caminho.
Deixa que esta dor lentamente me eleve ao solo
e faça deste aperto no peito um pingo de mel.
Desapareces distante
e eu longe de mim permaneço.
Nas ondulações gigantes do sorrir vago e profundo
não sei se morro
ou adormeço.
Agora
Se me pudessem ver neste momento,
onde a sombra da caneta escurece
e as letras são todas iguais...
Toda a palavra é um tormento,
um profundo rasgar de emoções em platina
para que seja real,
sincero,
este pequeno barco de papel.
As rugas reflectem apenas ar,
são apêndices da idade,
repercutissem elas a saudade,
a ânsia de a mim chegar
então saberia o poema,
ou a tinta da pena,
que o suor que cai de meus olhos
é rude forma de matar,
aniquilar,
a vida que nada sabe de mim,
os caminhos de pedras gastas,
a tristeza pelas esquinas a matar...
E eu sentado no verde musgo do muro
com os punhos cerrados,
à espera que a calma chegue de uma ruga sem fim.
Casaco azul...
Visto o meu casaco de vagabundo e sonho.
O calor que a lã emana é vida
ou talvez seja o aconchego da alma esquecida,
quando a cabeça pende
e a sonolência é duro fardo
os olhos que se fecham são cristais
onde o passado sucede.
Um breve sorriso é enlouquecido
pelas mãos que agridem a face escariada,
as rugas que o espelho exibe
são fundas e sujas como as pedras da calçada.
Bermas de estrada suja e anoitecida
onde param luzes solitárias
e inalam a maresia qual fragrância pura estelar,
caras maltratadas,
quase mal amadas,
amortalhadas pelo vício corrosivo da manhã.
Palavras avulsas sem traves ou barreiras inócuas
e cabelos que ondulam sem brisa,
surgem um dia,
sob o trinque da porta do luar
e fecham-se às janelas que mostram o respirar...
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