Concretiza-me a ideia de o segundo seguinte não se explorar além do primeiro. Hoje olhar, amanhã folar, de preferência nas mãos de garoto, sorriso fácil e face escondida atrás de uma timidez mascarada de rebuçado. Quanto de infância um infante por viver, ladeado de margens sem ser rio, apenas meninice, inocência, sem frio.
Guardo o olhar que choveste, deixo as nuvens florirem nos pastos faustos do destino, tacteio mãos e escuridões em busca de um dorso com outras mãos. Curvam-se as curvas da estrada e as margens que me separam da madrugada. Empobrece-me o nada à sombra e resguardo da minha alçada, no noctívago sentimento de aguardar, à candeia ténue da Lua, o suspiro inaudível da vida no meu peito a ancorar...
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