Chove. Chove e está frio. Meto as chaves do carro no bolso das calças, as mãos de seguida, semicerro os olhos e avanço para debaixo das nuvens. Chove. Vou e venho já, no entanto, quando sair daqui sei que me encontrarei, aquele outro eu que vive quando chove. Sim, chove.
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A mostrar mensagens de outubro, 2009
Segue, segue, segue...
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A imaginação sempre foi, para mim, uma importante aliada, se não mesmo o meu braço direito. Dotada de vontade própria, penso várias vezes se não serei eu aliado dela, imaginação, que me utiliza lá dos lados onde mora para experimentar dois dedos de vida terrena. Sentado na minha cadeira, o café já me trocou as voltas ao sono e ao tédio, "7 seconds" no rádio na emissora das três letrinhas apenas e eu ainda sentado, dores no tornozelo fruto do falta de traquejo para jogos com bola e, de repente, sem aviso, trazem-me a visão do Marão, do lado direito, e o vento frio que arrefece ainda mais, a subir para a terra onde mandam os que lá estão. Há um vento normal e um vento arrefecido, o que parece viver ali, entre a Pousada e o pequeno parque à esquerda, antes de começar a descer, que me força a abrir o vidro sempre que subo aquele troço do IP4 e me enregela a cara até deixar de a sentir. Chama-se imaginação, o vento e o momento. Das vezes que chove e o Sol espreita, iluminand...
Coisas não coisas que nos fazem pensar
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Sonhador da Montanha Oriah "Não me interessa saber o que você faz para ganhar a vida. Quero saber o que você deseja ardentemente, se ousa sonhar em atender aquilo pelo qual seu coração anseia. Não me interessa saber a sua idade. Quero saber se você se arriscará a parecer um tolo por amor, por sonhos, pela aventura de estar vivo. Não me interessa saber que planetas estão em quadratura com sua lua. Quero saber se tocou o âmago de sua dor, se as traições da vida o abriram ou se você se tornou murcho e fechado por medo de mais dor! Quero saber se pode suportar a dor, minha, ou sua, sem procurar escondê-la, reprimi-la ou narcotizá-la. Quero saber se você pode aceitar alegria minha ou sua; se pode dançar com abandono e deixar que o êxtase o domine até as pontas dos dedos das mãos e dos pés, sem nos dizer para termos cautela, sermos realistas, ou nos lembrarmos das limitações de sermos humanos. Não me interessa se a história que me conta é a verdade. Quero saber se consegue desapont...