A maldade incrusta-se no ar, segue a neblina rendida ao passadiço entre a incoerência e o sonho, com quem quer que seja, as pessoas continuam a senda diária sem se aperceberem que há muito os dias terminaram, o que nos separa da candeia é uma pequena sombra que se projecta entre a paisagem e o olhar. 
Daqui a ontem vai um simples caminhar.
Paira um fétido odor a pensamentos erróneos, aspergem como uma onda que flutua, dobrando as esquinas pontiagudas das palavras que se proferem ainda em pensamento, como quem não se deixa ver. 
Não há lugar nos olhos das pessoas onde se possam esconder.
Dir-me-iam, talvez, será da idade. 
Não. 
Acho que é de facto maldade.

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