Paz, o quão difícil pode ser, rapaz?
“Paz, o quão difícil pode ser, rapaz?” ou mais uma Crónica do Nada , no Correio do Porto. No olhar embaçado do meu pai encontro o reflexo das sanzalas, picadas, regatos coloridos de peixes futuros e uma terra que paria abundância com a facilidade dos sonhos mancebos em terras distantes, separadas por um oceano nauseado em porões defecados por animais e o medo do desconhecido pelos umbrais. O empoeirado estacionamento separado do restaurante onde seria o convívio avivava a ansiedade. A viagem sulcada em toada serena amanhecia junto com o dia de sobriedade amena. Subimos a escadaria do moinho, sorriem vigorosamente do fundo de uma vida envelhecida, rodeando uma távola circular, cavaleiros do ultramar. Nas minhas feições reconhecem os traços de quem me cedeu a genética, confundem-me com o Velhinho, sorrio da situação, bebo um café rápido e chamo a restante comitiva familiar, em terra alheia, amigos estranhos transformam-na em lar. Com a cavalaria a caminho, cumprimento quem do nada me cha...