Carlos Paredes
[12.03.2005] Vou fechar novamente os olhos, deixar que alimenta minh'alma os teus dedos fortes, que dedilham meus sonhos. Sejam as cordas que vibram e repercutem, sejam os sons negros e brancos que esmaecem, são meus os tons brandos que adormecem. Faço do teu respirar profundo meu canto de (emba)lar dos riscos grossos da caneta, (que sulco propositadamente) onde escondo de mim o mundo, saltam as sombras finas de uma alma carente. Vem até mim, devagar, o traço fino da voz muda que não me deixa acordar...