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A mostrar mensagens de maio, 2007

A roda

Acabei por iniciar (bela contradição) estas linhas ainda nuas de mim sem dar um título, como se desse à luz uma criança sem lhe saber a forma e o sexo. Vou adiando o que escrevo, tenho as histórias gravadas a tinta no meu bloco e a fogo nos meus olhos. Movo-me até aqui, a este editor, onde vou tacteando o teclado aleatoriamente, à espera que as histórias decidam qual será a primeira letra, como se percorresse um índice remissivo e encontrada a letra, toda a palavra emergisse. Mas não, hoje as mãos são minhas, tenho o poder de escolher o que escrever, de me deixar fluir ao som do cantar do cisne. Por muito que tente. Por muito que saiba que mesmo tentando nunca o irei conseguir. Continuo a pensar que nem com a minha envergadura de braços de quase 2 metros serei capaz de abraçar o mundo e encostar a minha cara a um oceano e sorrir, como uma criança que abraça um presente numa manhã de Natal. Ainda não dei título a “isto”… E talvez isso tenha influenciado o facto de não conseguir e...

De onde não estou

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Por muito que tente, os meus olhos não são mais do que isto... (fotos portal de trás-os-montes)
"Aquele que sabe o que é o suficiente, terá sempre o suficiente." Lao-Tze