Cobre-me o brilho das estrelas de ambos os hemisférios. Fico enternecido pelas estrelas cadentes que o universo atira, para que as conte e, assim, adormeça. Mas na insónia encontro o desprendido destino que se senta a meu lado na cama, fita-me e sorri, somos caminhantes da ignorância por sabermos longe o saber e aqui tão perto um Sol, a nascer.
Guardo o olhar que choveste, deixo as nuvens florirem nos pastos faustos do destino, tacteio mãos e escuridões em busca de um dorso com outras mãos. Curvam-se as curvas da estrada e as margens que me separam da madrugada. Empobrece-me o nada à sombra e resguardo da minha alçada, no noctívago sentimento de aguardar, à candeia ténue da Lua, o suspiro inaudível da vida no meu peito a ancorar...
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