O vento sibilou,
a chuva seduz,
sucumbem as noites à alvorada
mas o dia não esperou.
Há corpos sem ninguém dentro
nus,
de que me vale a pele molhada
se as brasas da minha fogueira
apagam as palavras que salpicam,
serei eu, apenas, mais uma sinapse nas memórias que para trás ficam?
Dir-te-ei adeus
sem ter visto o quanto de mim em nada
em ti
nos restos de vegetação na estrada,
faço-me barco de papel
e sem coragem atiro-me à torrente de inverno que invade o caminho,
não se navega
não se afunda
quem no universo se senta e ri, 
sozinho.

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