Quando chegares ao final do infinito acorda. Lembra-te que nem ele existe. Serás livre. E quanto te vires livre, conhecerás outros igualmente livres. Pára. Lembra-te que nem tu nem os outros existem separados. Serás Um. E quando te vires Um perceberás que nem aí, Único, te chegará o universo ou o infinito, nem toda a infinitude de universos, multiversos, hemisférios e equadores, que tudo é uma pequena estrela que vai, junto com todas as outras do teu firmamento, iluminando a noite da tua infância. Quando te souberes não saberes quem és chegarás a Casa.
Guardo o olhar que choveste, deixo as nuvens florirem nos pastos faustos do destino, tacteio mãos e escuridões em busca de um dorso com outras mãos. Curvam-se as curvas da estrada e as margens que me separam da madrugada. Empobrece-me o nada à sombra e resguardo da minha alçada, no noctívago sentimento de aguardar, à candeia ténue da Lua, o suspiro inaudível da vida no meu peito a ancorar...
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Feliz Natal
Cumps