Se(de)

Orvalho a sede
pelas paisagens que não sorvo,
há um dia que se põe
em cada esquina da parede
no crepúsculo em que moro.

São meus olhos cordéis
tecendo as curvas que me afogam,
o negro mascarado dos túneis,
a voz ausente dos agrilhoados
que me evocam.

Dá-me a vida
e o sonhar,
a água que em ti brota
ó luar,
há gente ainda em ti
meu paraíso?
Ou não serão chuva
as saudades
que me teimam em chorar...

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